Por que as mães confundem os nomes dos filhos…?

Por que as mães confundem os nomes dos filhos...?

Quando Samantha Deffler era pequena, a mãe dela chamava todos os nomes, inclusive o do cachorro, antes de acertar: “Rebecca, Jesse, Molly, Tucker, Samantha”. Muitas pessoas confundem os nomes dos amigos ou dos filhos, mas Deffler é uma cientista cognitiva na Rollins College (EUA) e queria descobrir exatamente por que isso acontece.

Então ela fez uma pesquisa com 1.700 homens e mulheres de diferentes idades, e descobriu que confundir nomes é muito comum. Quase todo mundo confunde os nomes dos amigos e familiares. Suas descobertas foram publicadas na revistaMemory & Cognition.
Resultado de imagem para Por que as mães confundem os nomes dos filhos?É uma falha cognitiva normal”, diz ela. Isso não tem nenhuma relação com a memória ou com a idade, mas sim com a forma do cérebro de categorizar os nomes. É como ter gavetas especiais para nomes da família e gavetas para amigos. Quando as pessoas usam o nome incorreto, normalmente o nome correto estava na mesma categoria.
Em seu estudo, ela descobriu que há um grupo que é mais propenso a trocar nomes. “Mães, especialmente mães. Qualquer mãe com quem conversei fala ‘sabe, eu definitivamente já fiz isso’”.
Neil Mulligan, cientista cognitivo da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill (EUA), comenta: “Conforme você se prepara para produzir a fala, você não ativa apenas o nome da pessoa que você quer, mas os nomes competitivos”. Os nomes de todos os filhos estão na mesma gaveta, e às vezes o nome que compete acaba ganhando.
O interessante é que não são apenas os nomes humanos que entram nesta salada, mas também dos animais de estimação da família. Mas nem todos os animais têm a mesma hierarquia na gaveta de nomes. “Você tem muito mais chances de ser chamado pelo nome do cachorro do que do gato”, diz a pesquisadora.
Isso significa que psicologicamente categorizamos o nome dos cães com os dos membros da família. “Não fazemos isso com nomes de gatos ou hamsters ou outros animais”, aponta ela.
Fonte: NPR
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